A OAB/RS, por meio da Comissão de Direitos Humanos Sobral Pinto, em parceria com a Regional Latino-Americana da União Internacional dos Trabalhadores da Alimentação (Rel-UITA), promoveu, na terça-feira (9), uma roda de conversas sobre o livro “Crianças e Exílio”. O encontro contou com a participação dos autores Helena Dória Lucas de Oliveira, Rogério Tosca e Antônio Dória Lucas de Oliveira, e integrou a programação de atividades relacionadas ao 42º Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo.

A obra reúne relatos de 46 autores que, ainda crianças, vivenciaram o exílio durante a ditadura militar, trazendo à tona experiências marcadas pelo rompimento forçado com o país, a família e a infância. “Crianças e Exílio” foi um dos trabalhos premiados na categoria Especial do 42º Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo, cuja cerimônia de entrega ocorreu no dia 10 de dezembro.

Ao contextualizar a iniciativa, o coordenador da Comissão de Direitos Humanos Sobral Pinto da OAB/RS, Roque Soares Reckziegel, destacou que o encontro já se consolidou como parte da agenda institucional da Comissão e cumpre um papel fundamental de preservação da memória. “Este evento já se transformou em uma tradição. Convidamos os autores do trabalho premiado para trocar ideias, apresentar o processo de construção da obra e refletir sobre o significado dessas histórias, que reforçam o compromisso permanente que devemos ter com os Direitos Humanos”, afirmou.

O presidente do Movimento de Justiça e Direitos Humanos (MJDH), Jair Krischke, ressaltou o impacto emocional e histórico da obra. Antes de sua fala, destacou-se a relevância do livro para a preservação da memória coletiva. “Li o livro duas vezes porque é emocionante. Conhecia muitas histórias dos pais, mas não as dos filhos. Essa nova ótica me tocou profundamente. O livro representa, de forma plena, aquilo a que nos propomos: reafirmar que o passado não passa e que a memória é essencial para a defesa dos Direitos Humanos”, pontuou.

A atividade reforçou o papel da OAB/RS e de suas comissões no incentivo à reflexão crítica, à valorização da memória histórica e ao fortalecimento da cultura de Direitos Humanos, por meio do diálogo entre autores, instituições e sociedade.

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