A OAB/RS promoveu, no último sábado (10), o 3º Mutirão do Registro Tardio de Nascimento, realizado na Ilha Grande dos Marinheiros. Com a ação, crianças e adolescentes ganharam direitos fundamentais a partir da documentação legal que foi encaminhada. 

Tamires nasce aos 17 anos
 
A exemplo do que aconteceu com Ubirajara Freitas Nunes durante o 1º Mutirão do Registro Tardio de Nascimento, realizado pela OAB/RS em outubro do ano passado, quando ele tinha 18 anos, Tamires Coelho “nasceu” oficialmente na manhã deste sábado, na Ilha Grande dos Marinheiros, ao encaminhar seus primeiros documentos oficiais.

“A Certidão de Nascimento sempre me fez muita falta, principalmente para estudar e trabalhar”, contou a adolescente, feliz com as novas – e boas – perspectivas.

“Agora vou poder estudar – ela quer ser médica veterinária –, procurar um emprego e ser contratada, o que não dava para fazer sem ter a Carteira de Identidade”, afirmou Tamires, que estava acompanhada pela mãe, Cláudia Helena Coelho. 

Crianças ganham seus direitos 

O casal de gêmeos Giovani e Giovana, de 2 anos de idade, e seus irmãos, Alessandro, 3, e Vitória, de 4 anos, também tiveram seu Registro Civil encaminhado durante o mutirão, coordenado pela Comissão Especial da Criança e do Adolescente, da OAB/RS.

Eles passarão a ter os mesmos direitos que os seus outros três irmãos, que já possuem documentos de identidade. Além de assegurar os direitos constitucionais das quatro crianças, a documentação oficial trará um grande alívio para a mãe, Catarina Santiago Bastos, de 30 anos. Agora vou poder colocar meus filhos numa creche, onde não aceitam crianças que não têm documentos”, afirmou.

Para a presidente da comissão, a advogada Maria Dinair Acosta, “os objetivos desta ação pela cidadania foram plenamente atingidos, pois pudemos influir positivamente para tornar mais fáceis e justas as vidas dessas pessoas”.