No dia 27 de agosto, a partir das 19h, a Comissão Especial de Direito de Família e Sucessões (CEDFS) se une a Comissão Especial de Mediação e Práticas Restaurativas (CEMPR) para falar sobre a difusão da prática colaborativa na resolução de conflitos familiares e sucessórios. Assim como os outros métodos alternativos, a prática colaborativa tem o objetivo de chegar a um acordo entre as partes antes que a questão chegue ao judiciário.

A advocacia colaborativa é caracterizada pela cooperação entre todos os envolvidos na busca por uma solução viável ao conflito. Além dos advogados, outros profissionais, como psicólogos e consultores financeiros, auxiliam as partes a chegarem no melhor acordo. 

Segundo o presidente da CEDFS, Conrado Paulino da Rosa, com a prática colaborativa as partes não atuam como adversários, mas sim como corresponsáveis pela solução: “O diálogo é o norte dessa prática, uma vez que os próprios sujeitos em conflito discutirão e comporão as suas controvérsias. A dor gerada nos filhos e no então casal não é apenas momentânea, e sim pode provocar um prejuízo emocional que se estende pela vida toda. Assim, o papel da comunidade jurídica nas dissoluções afetivas necessita de uma participação atenta, principalmente em uma família com filhos, em razão da potencialidade de consequências desastrosas dos desdobramentos de tais questões”, reforça.

Conrado salienta, ainda, que os métodos alternativos têm mais a agregar em conflitos dessa natureza do que o judiciário: “Possibilita-se aos envolvidos uma mudança de olhares sobre o luto de uma dissolução afetiva ou sobre a importância do cuidado parental, fatores que nenhuma sentença poderia possibilitar a modulação dos comportamentos com tanto êxito”, defende. 

Para o presidente da CEMPR, Ricardo Dornelles, o evento tem a missão de levar ao conhecimento da própria advocacia os benefícios dos métodos alternativos na solução de conflitos: “Queremos mostrar ao grande público da advocacia que através da prática colaborativa e de outros métodos alternativos que não só o judiciário, os colegas podem de uma maneira muito mais econômica e adequada encontrar soluções para os conflitos dos seus clientes”, afirma.

As palestrantes convidadas para o evento são as advogadas colaborativas e com experiência em mediação de conflitos, Olivia Fürst e Felícia Zuardi, presidente e secretária-geral da Comissão de Práticas Colaborativas da OAB/RJ, respectivamente.

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Além dos presidentes das comissões, também são responsáveis pelo evento a coordenadora do Grupo de Trabalho Direito Colaborativo e Direito Sistêmico da CEDFS, Joice Raddatz e a coordenadora do Grupo de Trabalho Práticas Colaborativas da CEMPR, Grasiela de Souza Thomsen Giorgi.

Mês da Advocacia         

Capacitações, cursos, debates, eventos e palestras são algumas das diversas opções da programação do Mês do Advogado, que ocorre no mês de agosto de forma completamente virtual. O Mês do Advocacia é promovido pela Ordem gaúcha, em parceria com a Caixa de Assistência dos Advogados (CAA/RS), a Escola Superior de Advocacia (ESA) e as diversas Comissões da OAB/RS.

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