A Comissão da Igualdade Racial (CIR) da OAB/RS promoverá, nos dias 6 e 7 de dezembro, a 3ª edição da Jornada de direito Esperança Garcia. Os principais tópicos discutidos serão: “A implementação das cotas no Sistema OAB” e “A advocacia que queremos para o futuro”. O evento ocorrerá em formato exclusivamente on-line, com transmissão a partir das 19h nos dois dias, pelo Portal de Eventos (com certificação) e também pelo canal da OAB/RS no YouTube.

 “A Jornada Esperança Garcia é de suma importância, visto ter sido Esperança Garcia a primeira mulher negra escravizada a escrever um documento em formato de petição denunciando violações aos seus direitos e de seu filho. O público pode esperar o mesmo nível de debate que nas edições anteriores, com temas relevantes e instigantes não só para a advocacia negra, como para a advocacia em geral e para a sociedade”, afirmou a presidente da CIR, Leticia Padilha.

Esperança Garcia

Esperança Garcia foi considerada a primeira mulher advogada do estado do Piauí. Em 6 de setembro de 1770, a escrava enviou uma carta ao então presidente da Província de São José do Piauí, Gonçalo Lourenço Botelho de Castro, onde denunciava maus-tratos e abusos físicos contra ela e seu filho, pelo feitor da Fazenda Algodões. A carta de Esperança Garcia é considerada a primeira petição escrita por uma mulher na história do Piauí, o que a torna uma precursora da advocacia no estado e no Brasil. “Esta carta tem todos os requisitos que um advogado de hoje colocaria em uma petição, então, nada mais justo, do que a OAB/RS reconhecer esta condição, valorizar o papel desta mulher negra escravizada, a sua força e a sua não aceitação daquela condição que era tão aviltante”, pontua Leticia.