Diversas importantes temáticas foram abordadas no evento Novembro Negro
24/11/2022 18:35
A Comissão da Igualdade Racial (CIR) da OAB/RS realizou, na segunda-feira (21), o evento Novembro Negro, em alusão ao Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro. O encontro presencial contou com a reflexão acerca da temática em apoio a outras cinco comissões da Ordem gaúcha: de Direitos Humanos, de Seguridade Social, de Diversidade Sexual e Gênero, da Verdade sobre a Escravidão Negra e de Direito Imobiliário.
“O combate à discriminação é nossa pauta”, afirma Leonardo Lamachia
O presidente da OAB/RS, Leonardo Lamachia, ao discursar na abertura do evento, enfatizou: “A Ordem gaúcha reafirma o compromisso com essa pauta, reafirma o repúdio a qualquer espécie de preconceito, assim como reafirma o compromisso de realizar eventos e ações afirmativas para que possamos, por meio de medidas concretas, promover essa luta.”
Para a presidente da CIR, Letícia Marques Padilha, o encontro oportuniza a continuidade de um enfrentamento diário. “Quem sabe, em alguns anos, possamos falar sobre o Mês da Consciência Negra não com tristeza, mas com alegria. Porque, infelizmente, ainda tratamos essa data com muita dor e lamento. Seguimos com essa batalha, diariamente, para conquistarmos o reconhecimento dos nossos direitos.”
“São temas de condição humana, temas que precisam de discussão. Precisamos reunir as Comissões para que os temas da diversidade não sejam debatidos apenas no Mês da Consciência Negra, no Mês da Diversidade ou, apenas, nas datas comemorativas. Precisamos conscientizar, não só a advocacia gaúcha como toda a sociedade”, complementa a presidente da CDSG, Gabriela Lorenzet.
O presidente da CEDI, Ricardo Vogt, também enfatizou a união das Comissões. “Sabemos que pertencemos a uma sociedade repleta de preconceito, percebemos a falta de visibilidade que a população negra sofre. É por isso que a colaboração entre as comissões é fundamental.”
Assim como completa o presidente da CVEN, Jorge Terra: “Passam as gerações e, mesmo assim, continuamos pagando o preço alto do nosso não direito a cidadania. Ainda vemos os resquícios do processo de escravização mercantil, de modo velado e escondido, por isso seguimos com nossa luta”.
Palestras
Na manhã, o encontro promoveu as palestras “Lei de drogas e o encarceramento em massa” e “Racismo e LGBTI+: perspectivas interseccionais para o direito”.
Já no período da tarde, ocorreram palestrar sobre “(Desigualdade Racial nas Relações de Trabalho Previdenciárias”, “O Antirracismo Como um Megaprojeto”, “Educação e Questão Racial”, “O Racismo Estrutural e a Aquisição da Propriedade”, “O Reconhecimento dos Direitos dos Povos Originários do Brasil e “Racismo Acadêmico”.
Ao fim das exposições, Letícia Marques Padilha concluiu: “esses são temas relevantes para toda a sociedade, não só para mim, não só para aqueles que estiveram presentes na discussão. Onde estão as mulheres? Onde estão os negros? Estamos aqui lutando para mudar essa realidade, é por isso que nos reunimos e seguimos com as nossas conversas”.
24/11/2022 18:35