Durante o evento, foram debatidos temas referentes aos profissionais em início de carreira, além de palestras que envolviam as áreas de Direito Criminal, Família, Civil, Trabalhista, Consumidor e Previdenciário.  

Durante toda esta sexta-feira (07), foi realizado o Encontro Estadual do Jovem Advogado, na sede da seccional gaúcha. No evento, foram debatidos temas referentes aos profissionais em início de carreira, além de palestras que envolviam as áreas de Direito Criminal, de Família, Civil, Trabalhista, Consumidor e Previdenciário.   

O presidente da Comissão do Jovem Advogado, conselheiro seccional Matheus Ayres Torres, frisou que esta é a primeira vez que o evento é feito na Capital. “Valorizamos muito os profissionais de todo o RS, nas últimas edições levamos estes debates para os recantos de todo o Estado. O grande público também reflete este trabalho, na medida que já temos 30 Comissões do Jovem Advogados espalhados. Fizemos este evento com oficinas pensadas especialmente para a capacitação dos jovens advogados em início de carreira”, frisou.  

Lamachia salientou que os jovens profissionais devem conhecer a realidade da advocacia e da instituição nos últimos oito anos. “A partir de 2007 assumimos compromissos que foram sendo cumpridos um a um. Primeiramente trocamos o pagamento de aluguel por uma sede própria, condizente com a dignidade da advocacia do Estado, também prometemos e cumprimos a sanção do Supersimples. No que tange o novo CPC, diversos projetos foram oriundos da seccional gaúcha, tais como as férias dos advogados, a vedação da compensação de honorários; a contagem de prazos em dias úteis; a natureza alimentar dos honorários; e o fim do parágrafo 4º do artigo 20 do atual CPC”, concluiu.   

O diretor-geral da ESA, conselheiro seccional Rafael Canterji, reforçou a grande quantidade de cursos que são pensados diretamente para os advogados em início de carreira. “Aqui, estou olhando diretamente para aqueles que são a fonte de inspiração da ESA. Nos já capacitamos mais de 60 mil profissionais e grande parte dele são jovens, o que demonstra a vontade da advocacia para se capacitar e o protagonismo na gestão da Ordem gaúcha”, reafirmou.   

O secretário-geral da OAB/RS, Ricardo Breier, ressaltou o papel fundamental da Comissão no âmbito da seccional gaúcha. “É preciso que a instituição esteja cada vez mais presente nas faculdades e em contato com direto com os estudantes, desta forma, introduzindo eles na instituição e demonstrando todos os serviços disponíveis”, indicou.    Carrion colocou a Ordem gaúcha como uma instituição verdadeiramente plural. “Aqui possuímos advogados com diversos conhecimentos e ideologias, todas em prol da cidadania. Por isso, participem ativamente da nossa OAB/RS”, declarou.   

Também estiveram presentes na abertura, a presidente da Comissão de Seleção e Inscrição, conselheira seccional Regina Soares; o presidente da  Comissão de Direito da Tecnologia da Informação (CEDTI), conselheiro seccional Carlos Albornoz; a tesoureira da CEJA, Fabiana Lang; e o coordenador da interiorização da Comissão do Jovem Advogado, Antonio Zanette. 

Palestras abordam Direito Criminal, de Família e Civilista   

Na palestra que abordou a advocacia criminal, o conselheiro da OAB/RS, César Perez, debateu a questão da maioridade penal. “O assunto está na pauta do país. Mas é preciso analisar alguns dados antes de dar qualquer posicionamento, não é perceptível que aumentar a pena também causa uma consequente diminuição de criminalidade. Atualmente no Brasil, cerca de 1% dos crimes são realizados por menores de 16 anos. Outro fator que deve ser considerado é a realidade do Brasil, pois desde os anos 90 houve um aumento de mais de 400% do aumento do índice de encarceramento”, finalizou.  

O painelista e conselheiro seccional da OAB/RS, Gerson Fischmann abordou a relação entre o advogado e o cliente. “Para que haja uma fidelização é preciso que ele se sinta seguro com o profissional, tendo um feedback constante sobre o caso. O novo CPC também traz algumas modificações que serão importantes na relação com o cliente, pois uma das opções fomentada no novo Código é mediação e conciliação, algo que deve ser mais estudado pelos advogados e melhor aplicado para que possa ser colocado como uma alternativa”, ressaltou.   

O último palestrante, Conrado Paulino da Rosa abordou o Direito de Famílía e o papel central do advogado na mediação dos conflitos. “Nesta área o advogado precisa ter um papel ético na pacificação e ter a consciência que as suas atitudes são transformadoras na vida das pessoas, sendo um verdadeiro humanizador da sociedade. Também precisamos modificar a nossa cultura e das partes, partindo para uma atitude que prevaleça o diálogo e a mediação”, concluiu.   

João Henrique Willrich
Jornalista – MTB 16.715