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Entrevista com Luiz Eduardo Amaro Pellizzer – vice-presidente da OAB/RS

10/01/2014 16:43

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Porto-alegrense, nascido no dia 19 de junho de 1951, Luiz Eduardo Amaro Pellizzer se inspirou na profissão dos pais. Com 18 anos foi para Brasília, onde começou a trabalhar em um banco e se formou bacharel em direito com 24 anos, recebendo a carteira da OAB em 1976.

A sua área de atuação sempre foi o direito comercial e bancário. Depois de formado, voltou para Porto Alegre para trabalhar no escritório da sua família. Em 1991, foi advogar em Pelotas.

No ano de 1999, foi residir em Jaguarão e em 2001 foi eleito presidente da subseção local. De lá para cá, foi conselheiro seccional da OAB/RS, patrão do Piquete da OAB/RS, coordenador das subseções e atualmente ocupa o cargo de vice-presidente da Ordem gaúcha, vice-presidente da Comissão de Serviços Públicos, e presidente do Órgão Especial da entidade.

“O trabalho de Ordem é algo apaixonante, que vai te envolvendo de uma forma absoluta”, considera Pellizzer.

Confira a entrevista do Jornal da Ordem com o vice-presidente da entidade:

Como foi o trabalho de presidente de subseção?

Em 2001, conquistamos um grande sonho para a advocacia de Jaguarão, que foi a aquisição da sede própria, em frente ao Fórum. Trabalhamos muito para a integração e a união entre as subseções, debatíamos assuntos em comum em prol da classe e da prestação jurisdicional, fato que me trouxe para o Conselho Seccional em 2004 e 2007.


Como foi ser coordenador das subseções, cargo que estava desativado até a sua chegada?

Em 2007, durante a gestão de Claudio Lamachia, fui convidado para o cargo de coordenador das subseções. Cargo este, que tem por finalidade o trabalho direto com o Interior, ouvindo, auxiliando, trazendo para a seccional as dificuldades que os advogados que não estão na Capital, e, sempre que possível, sanando os problemas.

Com a coordenadoria, buscamos o tratamento igualitário entre as subseções, também realizamos um trabalho de renovação de equipamentos, mobília e instalação de internet.

Não há uma sala de subseção que não esteja qualificada, para atender, fundamentalmente, os advogados. Reaparelhamos 260 salas para que o profissional tivesse condições dignas de trabalho no seu dia a dia.

Como foi trazer o tradicionalismo para a Ordem?

Eu sempre tive as raízes no campo. A história do Rio Grande sempre me apaixonou. Fundei o Piquete da OAB/RS em 2005, com a finalidade de levar a representação da Ordem em diversos movimentos riograndenses, reunindo advogados, familiares e amigos, sempre com o sentimento de nativismo.

Nossa sede fica localizada no Galpão Leopoldo Rassier, na Aureliano de Figueiredo Pinto, em Porto Alegre.

O Piquete da OAB/RS realiza cavalgadas e participa ativamente dos movimentos da Ordem gaúcha. Um exemplo disso foi o movimento Agora Chega!, que reuniu mais de 250 cavalarianos. Também participamos do comando da Cavalgada do Mar, do Acampamento Farroupilha entre outros.

Falando de tradicionalismo, como está o andamento do PL das Cavalgadas?

A proposta transforma o exercício de cavalgadas e equitação em esporte e em atividade cultural. O PL das cavalgadas resgata nossa história, garante o direito de andar a cavalo, do espírito do gaúcho de andar em liberdade.

A proposta já foi entregue à Assembleia Legislativa e está sendo analisada pela Comissão de Agricultura da Casa, para depois ser encaminhada ao Plenário estadual.

Estamos engajados neste projeto, pois a Ordem é comprometida com o Estado Democrático de Direito e com a cultura gaúcha, da qual o cavalo faz parte.

Qual a importância para a classe de um advogado do Interior chegar à vice-presidência?

É importante, pois demonstra que a OAB/RS não está voltada somente para o advogado da Capital, mas que estamos atentos e trabalhando também para os profissionais do Interior.

Qual é o papel do vice-presidente?

A função do vice-presidente é auxiliar o presidente no atendimento dos compromissos com a advocacia e a cidadania, também substituindo-o nos seus impedimentos.

Como é o trabalho do Órgão Especial?

O Órgão Especial é o órgão máximo de recurso na OAB. É realizada uma sessão por mês, na qual são feitos os julgamentos dos processos.

O órgão está totalmente em dia, sem um processo atrasado. É importantíssimo no equilíbrio da advocacia que esses julgamentos sejam céleres. A celeridade que o advogado cobra da Justiça, a OAB deve ter. Como diz o professor Rui Barbosa, a Justiça morosa não é Justiça, se configura como injustiça – ainda mais em processos éticos.


O senhor é muito engajado nos trabalhos que dizem respeito à cidadania. Explique estes trabalhos.

O trabalho de Ordem vai servindo como um atrativo muito grande para as atividades da cidadania.

Sou vice-presidente da Comissão de Serviços Públicos da OAB/RS, presidente do Comitê Gaúcho de Controle Social. Também ocupo uma vaga no conselho rodoviário do DAER e sou presidente do Protege (Programa Estadual de Proteção, Auxílio e Assistência a Testemunhas Ameaçadas).

A OAB teve um papel importantíssimo na questão da CPI da Telefonia. Como o senhor analisa que será daqui pra frente?

A OAB teve um papel importantíssimo na questão da CPI, principalmente para as subseções, que são as mais prejudicadas com a inoperância da Anatel, que não cobra das operadoras um serviço qualificado. Temos ainda, a questão do PJe, que é uma realidade e está excluindo os advogados, pois no Interior a internet é de baixa qualidade, quando se tem acesso a internet.

A OAB/RS em parceria com a Assembleia Legislativa realizou um trabalho em que deu um norte para a questão. Sabemos que há uma longa caminhada e os interesses são poderosos.

Com isso, talvez se consiga começar a construir um serviço de qualidade que respeite o consumidor. O que este trabalho conseguiu elucidar foi que todos os pretextos dados para as dificuldades nos serviços eram falsos. A própria deficiência da Anatel obriga o advogado a um terceiro turno de trabalho, pois este terá a internet livre só após meia-noite.

Equipe Jornal da Ordem

 

10/01/2014 16:43



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