O presidente da Ordem gaúcha, Leonardo Lamachia, acompanhado do secretário-geral Gustavo Juchem e da secretária-geral adjunta Karina Contiero, recebeu nesta terça-feira (28), na sede da OAB/RS, o ministro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Luiz Philippe Vieira de Mello Filho. O juiz auxiliar do gabinete da presidência do CNJ e coordenador do Departamento de Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema Socioeducativo (DMF), Luís Geraldo Santana Lanfredi, também esteve presente no encontro.

Entre os temas tratados durante o encontro, Lamachia enfatizou a importância do eproc para a Justiça – projeto construído em conjunto ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) na primeira gestão de Claudio Lamachia como presidente da OAB gaúcha. “Este é um sistema eficiente, pois traz agilidade para todos os usuários, seja ele magistrado ou advogado. O processo eletrônico da Justiça Federal é um sistema extremamente amigável e deve, sempre que possível, ser aperfeiçoado”, disse.

Outro tópico abordado foi a adesão à Justiça 4.0 e a presença de magistrados nos fóruns. De acordo com Lamachia, que tem constantemente falado sobre o tema nestes cinco meses à frente da Ordem gaúcha, o “precário acesso à internet e a falta de equipamentos adequados acaba, muitas vezes, impossibilitando o trabalho da advocacia e privando os cidadãos do acesso à Justiça. Por isso, a Justiça virtual tem que ser uma opção do advogado e nunca uma imposição do Judiciário. Os juízes devem estar nos fóruns para, caso seja a opção do advogado ou da advogada, a audiência ocorra de forma presencial”, disse.

O ministro Luiz também se mostrou preocupado com a Justiça brasileira, apontando para a necessidade de que haja mais atenção com o Poder. “Infelizmente, vivemos em um país carente de tantas coisas. A Justiça não pode ser mais uma dessas carências. É preciso, portanto, que todos os magistrados estejam nos tribunais, à disposição da sociedade para o cumprimento correto da atividade jurisdicional.”   

As recentes ações da OAB do Rio Grande do Sul em prol da classe, como a criação do PRA e do PODE, e as iniciativas visando o bem-estar da sociedade sul-rio-grandense, a exemplo da realização das audiências públicas sobre a dívida do estado com a União e a livre circulação de pessoas no Mercosul também foram pautas ao longo da conversa.