Os retrocessos, a resistência e as perspectivas experimentados no Brasil e no mundo na área de direitos humanos, em temas como igualdade de gênero, fragilização de garantias processuais e estado social, foram os temas abordados durante o evento “Temática dos Direitos Humanos nos Dias Atuais”, durante a programação do Mês do Advocacia, na sexta-feira (24), na seccional.

Presente no evento, o presidente da OAB/RS, Ricardo Breier, afirmou que através do debate e do diálogo, há troca de conhecimentos sobre o tema. “E encaminhar soluções firmes relacionadas à proteção da dignidade humana”, garantiu. “A OAB/RS tem recentemente 86 anos de história de importantes lutas pela defesa da cidadania e dos direitos humanos. Precisamos ter em mente, no entanto, que esse trabalho é ininterrupto”, complementou.

A coordenadora-geral da Comissão dos Direitos Humanos Sobral Pinto (CDH) da OAB/RS, Neusa Rolim Bastos, disse que vivemos em momentos de intolerâncias. “Precisamos nos humanizar, precisamos respeitar o outro, precisamos respeitar o pensamento diferente no que diz respeito a opção política partidária, a opção religiosa e sexual. Não podemos esquecer que todos têm direito de ter direitos e que o discurso do ódio e a fala discriminatória tem que ser abolida todos os dias”, falou.

Entre os palestrantes, estavam Everaldo Patriota, advogado, presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos do Conselho Federal da OAB; Jair Krischke, Ativista de Direitos Humanos, Fundador e Presidente do Movimento de Justiça e Direitos Humanos. “O maior desafio atual dos direitos humanos no mundo e no Brasil é conseguirmos parar os retrocessos. A participação da advocacia para mudar esse quadro é maior do que a gente pensa. Somos a única categoria no país que juramos defender sua democracia e os direitos fundamentais”, disse Patriota. “É preciso efetividade na educação dos direitos humanos”, falou.