A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional do Rio Grande do Sul, diante da aprovação, nesta data, no Congresso Nacional*, da destinação de R$ 5,7 bilhões ao Fundo Especial de Financiamento de Campanha, valor este três vezes superior ao previsto para as eleições de 2018, manifesta sua absoluta inconformidade com a destinação da verba pública de tão elevada monta para tal finalidade, especialmente num contexto de pandemia, de sérias dificuldades financeiras de grande parte de brasileiros e brasileiras e de retomada da inflação no País.

Nesse sentido, a Seccional do Rio Grande do Sul da Ordem dos Advogados do Brasil reitera seu posicionamento, no sentido da importância do processo eleitoral como um todo, e busca reverberar esse posicionamento para os demais agentes públicos que atuarão no processo legislativo, para que revejam a destinação de valores excessivamente vultosos para o financiamento de campanhas que acontecem em detrimento das necessidades essenciais da população, entre elas a de educação, de saúde, aí incluídas as ações de combate à pandemia, e de segurança pública.

Por fim, reivindica-se dos homens e das mulheres públicos que atuam junto ao Congresso Nacional uma postura republicana que reconheça a preponderância de interesses coletivos e essenciais da sociedade brasileira em vez de priorizar projetos de poder político.

* Deputados Federais e Senadores, pelo Rio Grande do Sul, que votaram favoravelmente à medida, conforme informações do site do Congresso Nacional:

• Alceu Moreira (MDB-RS) - Votou sim.
• Bibo Nunes (PSL-RS) - Votou sim.
• Carlos Gomes (Republican-RS) - Votou sim.
• Covatti Filho (PP-RS) - Votou sim.
• Daniel Trzeciak (PSDB-RS) - Votou sim.
• Giovani Cherini (PL-RS) - Votou sim.
• Giovani Feltes (MDB-RS) - Votou sim.
• Jerônimo Goergen (PP-RS) - Votou sim.
• Liziane Bayer (PSB-RS) - Votou sim.
• Lucas Redecker (PSDB-RS) - Votou sim.
• Marcelo Brum (PSL-RS) - Votou sim.
• Maurício Dziedrick (PTB-RS) - Votou sim.
• Nereu Crispim (PSL-RS) - Votou sim.
• Osmar Terra (MDB-RS) - Votou sim.
• Paulo V. Caleffi (PSD-RS) - Votou sim.
• Sanderson (PSL-RS) - Votou sim.
• Senador Luís Carlos Heinze (PP-RS) - Votou sim.

Fonte: Câmara dos Deputados