A Escola Superior de Advocacia da OAB/RS (ESA/RS) e o Grupo de Estudos Antirracismo da ESA/RS realizarão, na próxima quarta-feira (24), às 19h, o evento “A Reeducação das Relações Raciais e a Violência contra a Mulher Negra - Histórias de Resistência” com o objetivo de debater e propor uma reflexão sobre a relevância da retomada da reeducação racial entre os brancos e afrodescendentes.

A palestra será gratuita e aberta ao público, mediante inscrição que deve ser realizada pelo Portal do Aluno, clicando aqui. Aos participantes será fornecido um certificado de 2 horas/aula.

O encontro ainda busca promover um debate acerca do embranquecimento, problematizando-o e apontando a política de suas práticas nas áreas do conhecimento. Revelar algumas situações veladas que geram violência e discriminações no cotidiano civil e religioso das pessoas e tratar sobre a situação da mulher negra na sociedade brasileira, considerando as discriminações interseccionais de classe, raça e gênero, tendo como base perspectivas históricas e o Feminismo Negro.

O debate será conduzido pela moderadora do Grupo de Estudos Antirracismo da ESA/RS e membro da Comissão Especial da Igualdade Racial (CEIR) da OAB/RS, Patrícia Oliveira. A palestrante Adevanir Aparecida Pinheiro, autora do livro “Espelho Quebrado da Branquidade”, abordará a política de práticas de embranquecimentos nas áreas do conhecimento através da exposição analítica de sua obra, apontando que, para haver avanços, é fundamental uma abordagem transdisciplinar no processo de reeducação das interações raciais.

O encontro contará também com a participação da Mestranda em Direito Público pela UNISINOS e membro da CEIR e do Grupo Afro Juristas/RS, Ana Luiza dos Santos Rosa, que contribuirá para o debate acerca da análise da mulher negra na sociedade brasileira, desde os tempos da escravidão até a atualidade, a partir de dados históricos e estatísticos que comprovam o seu status de vulnerabilidade em relação à violência doméstica e sexual.

Para a moderadora do Grupo de Estudos, Patrícia Oliveira, prevalece, na prática, o pensamento e o comportamento colonizador, racista e discriminatório nas relações raciais. Patrícia, que é bacharel e Mestranda em Direito pela UNISINOS, ressalta, ainda, que para que os números da desigualdade racial diminuam é necessário predominar o pensamento decolonial: “Precisamos romper com o sistema do racismo. Nós, enquanto sociedade, devemos adotar a cultura de um comportamento consciente, antirracista e empático. Neste sentido, a ESA/RS pelo seu acolhimento já demonstrou ser uma grande aliada nesta caminhada, como apoiadora dos grupos de estudos, das produções científicas e de eventos que buscam proporcionar conhecimento, não só para a advocacia, mas também para o público em geral”, salienta.

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