Nesta quarta-feira (9), a Comissão do Jovem Advogado da OAB/RS (CJA) reuniu diferentes gerações de advogados e advogadas para discutir “O que esperar da advocacia em 2021?”. O evento, realizado na plataforma Zoom, contou com a participação do membro honorário vitalício da OAB, Claudio Lamachia; o presidente da OAB/RS, Ricardo Breier; e o presidente da Caixa de Assistência e coordenador Nacional das CAAs (CONCAD), Pedro Alfonsin. Junto deles, estiveram membros da CJA e jovens advogados e advogadas de várias regiões do estado.

Na abertura, o presidente da comissão, Antonio Zanette, citou as dificuldades enfrentadas pela advocacia no período de pandemia e ressaltou as vitórias obtidas pela Ordem gaúcha para a advocacia nos últimos anos. Entre as conquistas citadas, estavam, entre outras, o acesso ao IPÊ para advogados e advogadas; a disponibilização de salas para oitivas dentro dos fóruns; a digitalização dos precatórios da Justiça Estadual e a tramitação destes no sistema eproc; e, mais recentemente, o regramento para a advocacia dativa.

Para o presidente da seccional gaúcha, estas vitórias são fruto do trabalho conjunto feito ao longo dos últimos anos. “Se estamos aqui conversando com toda a jovem advocacia do Rio Grande do Sul e apresentando tantas coisas boas, é pelo trabalho feito até aqui com espírito de união. É o espírito do compartilhamento de resultados através do trabalho conjunto”, pontuou. Além disso, Breier reafirmou a importância do trabalho da CJA na construção da OAB. “Agradeço à comissão pelo trabalho que rende muitos frutos e que constrói uma OAB para todos e todas, para congregar, ouvir e sedimentar. É um trabalho histórico de reconstrução da união da OAB. Somos fortes porque estamos juntos e unidos”, finalizou.

Lamachia, que é também membro vitalício da CJA, pois foi seu idealizador na seccional, explicou o papel da comissão na recepção e no acolhimento de quem entra na advocacia. “A OAB somos todos nós. Se vocês não utilizassem o talento de todos vocês, a CJA, que é o cartão de visitas de nossa instituição, nada seria. É um trabalho compromissado e muito importante para nossa sociedade”, afirmou.

Daqui para a frente

Pedro Alfonsin, que já presidiu a CJA, apresentou alguns dos obstáculos no momento e traçou caminhos para superá-los – como o uso das ferramentas que sistema OAB oferece. “Nossa saída é o aprimoramento e o cuidado. O jovem advogado só pode ter um destaque dentro da atuação se ele mergulhar nos estudos. É isso que a ESA/RS e a ESA nacional promovem. Além disso, saliento a atuação da CAA/RS na pandemia, com atenção para a saúde mental, sobretudo da jovem advocacia do interior, onde as opções de convênio são menores”, pontuou.

O que esperar para 2021

Para a vice-presidente da CJA, Bruna Razera, a palavra para o próximo período é união. “É difícil fazer uma estimativa do que teremos ano que vem, mas temos certeza de que estaremos juntos. Queremos que o pessoal do interior e de Porto Alegre saiba que podemos nos ombrear. Em breve, poderemos estar juntos”, afirmou ela.

O coordenador da interiorização da comissão, Marcos Pippi, lembrou que a CJA não deixou a desejar na tarefa de diálogo com jovens advogados e advogadas. Ele ressaltou a realização de dois Colégios de Presidentes da CJA durante a pandemia. “É uma forma de buscar as demandas para conversar com o restante da advocacia e buscar soluções. Porque a jovem advocacia tem muito a requerer. A diferença pode ser feita por nós, os jovens advogados, que lutamos por espaço”, finalizou.

Ao longo do evento, houve espaço para jovens advogados e advogadas de subseções do interior debateram questões pertinentes a suas regiões.