Na coluna desta segunda-feira (10), no jornal Correio do Povo, de Porto Alegre, a jornalista Taline Oppitz destaca que a OAB defende a quebra total do sigilo sobre as informações.

Depois de divulgar 40 das 1.236 páginas da ação do Ministério Público Federal contra a governadora Yeda Crusius e mais oito pessoas, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Estado puxou o freio de mão. O presidente da OAB, Claudio Lamachia, defende a quebra total do sigilo sobre as informações e a entidade divulgou nota conclamando os demandados na ação para que autorizem a quebra do sigilo das provas, especialmente às referentes a degravações telefônicas.

Com o pedido, a OAB deixou claro que enquanto a medida não estiver devidamente oficializada pelos acusados ou pela juíza Simone Barbisan Fortes, que deve se manifestar esta semana, a regra é cautela total.

Depois de permanecerem cerca de seis horas reunidos no sábado, analisando dados que poderiam ser divulgados, conselheiros da OAB acabaram não liberando mais nenhuma informação relativa à ação. A precaução da OAB é compreensível e as atenções agora se voltam mais uma vez para Santa Maria.

A quebra do sigilo, além da garantir que a população tenha conhecimento das informações, evitará o vazamento extraoficial de dados e interpretações marcadas por interesses políticos. Também impedirá que o cenário no Estado fique ainda mais complicado e confuso com uma série de versões que começarão a ganhar destaque caso seja mantido o restrito acesso aos detalhes que constam no documento, elaborado após um ano de trabalho e investigações do Ministério Público Federal.