Segundo a Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas do Brasil, o desequilíbrio financeiro ameaça o funcionamento de 2 mil centros de atendimento.

A CMB – Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas do Brasil — esteve na sede do CFOAB, nesta quinta-feira (18), para tratar da situação calamitosa que se encontram mais de 2 mil centros de atendimento. Segundo a entidade, o desequilíbrio financeiro ameaça o funcionamento destes locais, prejudicando o atendimento aos cidadãos.

O assunto foi discutido entre o presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia; o presidente da CMB, Edson Rogatti; e o diretor-geral da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, Júlio Flávio Dornelles de Matos. “A saúde é uma das principais preocupações do brasileiro, que sofre com atendimento péssimo e defasado. Os hospitais filantrópicos realizam um importante trabalho em nosso país e não podem padecer pela falta de recursos e má gestão”, disse Lamachia.

Rogatti agradeceu a preocupação da OAB e disse que a credibilidade da Ordem ajudará na resolução da crise. “A dívida no setor atinge os R$ 21 bilhões, sendo necessário um refinanciamento desse valor e reajuste dos repasses feitos pelo governo aos hospitais, garantindo com essas medidas o equilíbrio financeiro das instituições e a garantia de orçamento”, afirmou.

Segundo Matos, a população brasileira está sendo excluída do Sistema Único de Saúde por falta de acesso e pelo subfinanciamento do governo. “Esta é uma grande preocupação, pois hospitais estão falindo e fechando por conta do déficit com o SUS. É necessário que a sociedade se envolva na defesa da cidadania, pelo acesso à saúde com assistência de qualidade e equilíbrio financeiro”, destacou.

Também participaram da audiência o vice-presidente da CMB, Mauricio Dias; o diretor-geral da CMB, José Luiz Spigolon; e a assessora jurídica da CMB Monaliza Costa Santos.