"O crescimento das demandas dos processos judiciais. A cada ano que passa temos mais e mais processos e a estrutura física e funcional, o quadro todo do Poder Judiciário não acompanha o crescimento", ressaltou o presidente da subseção.

A Justiça do Rio Grande do Sul passa por um dos momentos mais delicados de sua história. A informação foi veiculada no início da semana na Capital, com respaldo da OAB, através de declarações do presidente da entidade, Claudio Lamachia.

De acordo com o advogado o estado possui a maior média nacional de novos casos por servidor, são 298 por ano. Para ser ter uma ideia para resolver o problema seriam necessários pelo menos 1,5 mil servidores nos Tribunais e esferas Judiciais do RS, considerando 5,8 milhões de processos. A subseção de Bento Gonçalves compartilha da mesma preocupação.

Conforme o presidente da OAB local, Felipe Panizzi Possamai, é necessário um esclarecimento para a sociedade. "Precisamos trazer os números sobre a tramitação que nós temos na Justiça do Rio Grande do Sul e principalmente a questão que envolve a morosidade. A demora destes litígios. E a OAB como entidade de classe que é quer provocar o debate e tentar demonstrar o leigo e a sociedade", afirmou.

Muitos casos para poucos servidores é o principal motivo do fortalecimento do debate, de acordo com o presidente. "O povo gaúcho tem uma cultura de procurar os seus direitos e de travar embates judiciais, uma demonstração do exercício da cidadania. Isso é um exemplo elogiável do nosso povo, em contrapartida temos a estatística que é avassaladora. O crescimento das demandas dos processos judiciais. A cada ano que passa temos mais e mais processos e a estrutura física e funcional, o quadro todo do Poder Judiciário não acompanha o crescimento", ressaltou.

Em 2011 no Rio Grande do Sul foram 18 mil casos novos para cada 100 mil habitantes, contra 12 mil do segundo lugar, o Distrito Federal.