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Ocupação Lanceiros Negros recebe visita da Comissão dos Direitos Humanos da OAB/RS

20/11/2015 20:20

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Foto: Caroline Tatsch - OAB/RS
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Nesta quinta-feira (20), advogados estiveram no prédio ocupado no Centro de Porto Alegre para verificar as condições da moradia.

“Aqui estou tendo a estrutura que eu não tinha em casa. Tem alimentação para todos, creche para meus netos, higiene, um lar completo. Está sendo maravilhoso poder ficar aqui”, afirmou a doméstica Jussara dos Santos, 60 anos, uma das atuais moradoras da Ocupação Lanceiros Negros. Ela, que possui seis filhos e cinco netos, é uma das mais de 100 famílias do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), que ocuparam um prédio público, na Rua General Câmara com a Andrade Neves, no Centro de Porto Alegre, em busca de um lugar para melhor para viver. Para verificar as condições da moradia dos ocupantes, a Comissão de Direitos Humanos Sobral Pinto da (CDH) OAB/RS visitou o local nesta quinta-feira (20).

O coordenador-geral da CDH, conselheiro seccional Rodrigo Puggina, ressaltou que a ideia da visita foi prestar solidariedade aos ocupantes. “Constatamos a dimensão dessa ocupação, pela grande quantidade de crianças e adultos presentes no local, resistindo para garantir seu direito constitucional de moradia”, declarou. “A nossa intenção, enquanto CDH, é acompanhar para que as coisas sejam resolvidas da melhor maneira possível, como uma possível mediação com o Estado”, enfatizou Puggina. Ele foi acompanhado do também membro da CDH Ramiro Goulart. Puggina e Goulart visitaram as dependências do prédio, conversaram com moradores e com os advogados representantes das famílias.

A CDH

A CDH já tinha participado de uma reunião na segunda-feira (16) com o Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos para debater a situação dos moradores. Os membros da Comissão Maira Marques e Francisco Pelles já tinham visitado o local no sábado (14), dia da ocupação, para acompanhar os fatos.

Ocupação Lanceiros Negros

As famílias já foram oficiadas para se retirarem do prédio ocupado. No entanto, Nana Sanches, uma das coordenadoras do MLB, explicou que as famílias que são de áreas que sofreram com enchentes, ou moradoras de áreas de risco, oriundas de bairros como Lomba do Pinheiro, Chocolatão, Ilha da Pintada e Morro da Cruz. “Muita gente estava com casas destelhadas, sem condições de moradia. O MLB começou a ajudar na reforma das casas e pegar doações”, lembrou. “Mas ao longo de todo o trabalho de nove meses reunimos as famílias e decidimos pela ocupação”, prosseguiu. “Há muitos prédios públicos no Centro que estão abandonados. E este prédio estava abandonado por quase dez anos, usado para depósito. “Essas pessoas querem uma casa para morar. Um local bom, não áreas periféricas. A moradia é garantia da constituição federal”, comenta.

O MLB organizou cozinha comunitária, creche e biblioteca no local. Para quem quiser ajudar, as doações podem ser alimentos, como água, leite, fraldas, além de livros, produtos de limpeza e móveis para o refeitório.

Caroline Tatsch
Jornalista

20/11/2015 20:20



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