Sede da OAB/RS é iluminada com as cores do Orgulho LGBTQIA+
25/06/2021 15:44
Até o fim de junho, Mês do Orgulho LGBTQIA+, quem passar pelo prédio da OAB/RS poderá ver a iluminação com as cores da bandeira LGBTQIA+, uma escolha feita para celebrar a luta contra o preconceito e a defesa da liberdade.
O presidente da Ordem gaúcha, Ricardo Breier, celebra a atitude como uma demonstração do comprometimento da entidade com a sociedade. “A luta pela igualdade é uma luta de todas e de todos, e a OAB, orgulhosamente, constrói junto à advocacia, que representa a população na defesa de seus direitos fundamentais que, muitas vezes, pelo preconceito, são negados. Nosso papel é o de enfrentar a discriminação e de defender a representatividade”, afirma.
A presidente da Comissão Especial da Diversidade Sexual e Gênero da OAB/RS (CEDSeG), Gabriela Lorenzet, comenta que a seccional gaúcha foi a primeira no país a iluminar a sede com a bandeira do arco-íris: “Essa ação de comunicação faz com que a temática LGBTI seja discutida amplamente, visando sempre à quebra do preconceito, ainda latente na sociedade. A população LGBTQIA+ ainda sofre preconceito em diversos ambientes no seu dia a dia. Seja no ambiente familiar, seja na escola, no trabalho, no transporte público ou em um restaurante, para citar alguns exemplos. Portanto, cabe a nós, advogados e advogadas, o trabalho conjunto de ampliar o estudo jurídico e interdisciplinar dessa temática, objetivando à diminuição do preconceito e da ignorância sobre o tema. O Mês do orgulho LGBTQIA+ serve como momento de reflexão e aprendizado”, pontua.
O vice-presidente da CEDSeG, Fabricio Marquezin Covcecich, explica que a iluminação de prédios públicos e empresas privadas no Mês do Orgulho LGBTQIA+ tem impacto visual significativo para mostrar a relevância do tema: “O colorido faz as pessoas voltarem os olhos para essa temática. A OAB/RS, em especial, faz com que advogados e advogadas, representados pela Ordem, entendam a importância de atuar na defesa desses direitos. Assim, mostramos que a OAB está atenta e vigilante à promoção destes direitos, que são direitos humanos”, afirma.
Dia do Orgulho LGBTI
Em 28 de junho de 1969, uma invasão policial no bar nova-iorquino Stonewall Inn, frequentado por gays, lésbicas e transsexuais, foi o estopim para a comunidade LGBTQIA+, que passou a responder à violência da polícia com uma série de manifestações. O episódio ficou marcado como a Rebelião de Stonewall Inn, o 28 de junho ficou registrado como Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, e esses atos entraram para a história como marcos na luta de pessoas homossexuais, travestis e transexuais por seus direitos.
Números mostram que ainda há muito pelo que lutar
Segundo pesquisa feita pela ONG Grupo Gay da Bahia, a cada 20 horas, um integrante da comunidade LGBTQIA+ morre no Brasil por conta da LGBTQIA+fobia. Só em 2020, ocorreram 237 mortes. O Relatório Mundial da Transgender Europe mostra que, de 325 assassinatos de transgêneros registrados em 71 países nos anos de 2016 e 2017, um total de 52% – ou 171 casos – ocorreram no Brasil. Estima-se que jovens rejeitados por suas famílias, por pertencerem a esse grupo, têm 8,4 vezes mais chances de tentarem suicídio, e a expectativa de vida das trans é de apenas 35 anos.
25/06/2021 15:44