Segundo presidente do CFOAB, STF deu habeas corpus para mau jornalista ao abolir registro profissional
19/06/2009 16:05
Cezar Britto observou que a qualidade ética é essencialmente garantida pelo registro do diploma no Ministério do Trabalho.
O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Cezar Britto, afirmou, nesta sexta-feira (19), que o Supremo Tribunal Federal "deu um habeas corpus para o mau profissional ao acabar com o registro do jornalista no Ministério do Trabalho".
Segundo Britto, em decorrência da decisão do STF de acabar com o diploma, "equivale a dizer que o STF liberou o mau profissional para que pratique atos que possam causar grandes lesões, sem nenhum prejuízo".
Para Britto, para que exista uma profissão é preciso qualidade técnica e qualidade ética. "Em geral, qualidade técnica é conferida pelo diploma e pela escola da vida; mas a qualidade ética, que também deve ser ensinada, precisa ser cobrada caso se venha a infringir esse importante requisito da profissão", sustentou. "Isto porque o profissional sabe que se não agir com ética o registro profissional pode ser cancelado", explicou ele, lembrando o sistema que vigorou até hoje.
Contudo, diante do novo cenário criado pela decisão do STF, em que o diploma do jornalista foi abolido pelo STF - e consequentemente o registro no Ministério não mais haverá -, Britto avalia que o "jornalista pode ter prejuízo penal e econômico, mas continuará no veículo de comunicação causando lesões à cidadania".
Com informações do CFOAB
19/06/2009 16:05