Na noite desta terça-feira (25), foi realizado o segundo dia do curso “Advogando na Mediação – Treinamento teórico e prático na mediação empresarial”.

Na noite desta terça-feira (25), foi realizado o segundo dia do curso “Advogando na Mediação – Treinamento teórico e prático na mediação empresarial”. A capacitação, promovida pela ESA em parceria com o Centro de Arbitragem e Mediação da Câmara de Comércio Brasil Canadá, conta ainda com a promoção das Comissões de Arbitragem (CEA) e de Mediação e Práticas Restaurativas (CEMPR). O evento foi realizado na sede da Ordem gaúcha.

O primeiro palestrante foi Adolfo Braga Neto, que apresentou um panorama geral da mediação, contextualizando-a a partir das primeiras e principais escolas na área. Também abordou como a prática é trabalhada em diferentes países no mundo. “Em muitos casos, como da Itália e da Argentina, é algo obrigatório, diferentemente do nosso conceito inicial, em que o processo deve ser proposto pelas partes”, afirmou.

Após, Verônica Beer discorreu sobre o papel do mediador e os princípios norteadores que devem ser seguidos. “A partir de uma qualificação dos advogados, as pessoas começam a procurar cada vez mais esse tipo de prática. Um exemplo disto é a Casa de Mediação da OAB/RS. O que ocorre é que as partes acabam reconhecendo a sua efetividade na solução de seus conflitos, configurando uma forma mais célere”, ressaltou.

Sílvia Cristina Salatino abordou todas as etapas da mediação, frisando algumas características imprescindíveis, como a preparação para todo o processo e a necessidade de uma flexibilização. “Temos muitas características peculiares, como por exemplo, não haver prazos rígidos e determinados como ocorre quando estamos litigando no Judiciário. É um processo que deve ser conduzido pelas pessoas com o auxílio de seus advogados”, alertou.

Por fim, o presidente da CEMPR, Ricardo Dornelles, destacou que este é um curso inédito em seu formato, sendo necessário que o conhecimento na área seja cada vez mais difundido. “O advogado deve sempre buscar a sua qualificação; neste curso, oferecemos mais do que isso, pois contemplaremos aspectos como a ética e profissionalismo. Isso tudo, qualificado pelos debatedores, que são referência no País”, finalizou.

Dornelles ainda acrescentou a imprescindibilidade de criação de uma cultura da mediação. “Precisamos estar presentes nas universidades debatendo esses temas com os estudantes de Direito, pois fomentaremos o aprimoramento e o conhecimento na área”, declarou.

Também estava presente o presidente da CEA, conselheiro seccional Ricardo Ranzolin.

João Henrique Willrich
Jornalista – MTB 16.715