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08.11.2010 14:19
Clipagem: Erros abalam a confiança no Enem
08/11/2010 14:19
http://bit.ly/OVmhbJ
Confiram o posicionamento da OAB/RS, em entrevista concedida para o jornal Zero Hora, pelo presidente da entidade, Claudio Lamachia.
Confira a íntegra da reportagem publicada por Zero Hora.com.
Erros abalam confiança no Enem
Alunos prejudicados poderão fazer nova prova, enquanto Ordem dos Advogados do Brasil sugere a anulação do exame nacional
Pelo segundo ano consecutivo, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) frustrou alunos que sonham conquistar vaga na universidade pública com uma sequência de confusões e equívocos. Na primeira parte da prova, sábado, questões foram repetidas e havia uma inversão na grade de respostas. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de São Paulo sugeriu a anulação do teste.
Idealizado pelo Ministério da Educação (MEC) para ser um instrumento que facilitaria o acesso ao Ensino Superior, o Enem deste ano registrou 4,6 milhões de inscritos no país – 295,2 mil deles no Estado. Todos disputam 83 mil vagas em instituições federais de ensino. A oferta é 76% maior em relação ao ano passado.
Se em 2009 o Enem foi adiado devido ao furto e ao vazamento de conteúdos, neste ano a falha ocorreu na elaboração do exame, em um dos cadernos de questões, a prova amarela. As provas com cores diferentes são usadas pelo MEC para evitar cola entre candidatos. A responsável pela impressão é a gráfica RR Donnelley, que venceu um processo de licitação conturbado, ficando com o serviço a um custo de R$ 68,8 milhões. Ela tem sede em Blumenau (SC) e São Paulo.
O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), José Joaquim Soares Neto, prometeu investigar o que ocorreu. Pediu um relatório a cada Estado para ter uma noção dos estragos. Dependendo da extensão dos prejuízos, o Inep poderá realizar outro teste, somente para candidatos afetados pelos erros da prova. Ela seria aplicada em dezembro.
Soares Neto não fixou prazo para se decidir, pois dependerá dos informes estaduais. Para a OAB-SP, a melhor solução seria anular o Enem 2010.
— Uma prova não pode ser considerada uma armadilha. O aluno não se preparou para esse tipo erro — declarou Edson Bortolai, presidente da Comissão de Estágio e Exame da seccional paulista da ordem.
A OAB gaúcha também se posicionou. O presidente Claudio Lamachia disse que, se for comprovado o dano, a avaliação deveria ser cancelada. Nesse caso, acrescenta que o governo deveria ressarcir os custos – viagem, hotel e alimentação – dos candidatos.
O edital de contratação da gráfica mostra que o MEC é responsável pela aprovação das matrizes das provas. Caberia ao ministério, por meio do Inep, entregar à gráfica a arte final para impressão e indicar servidores para checar as provas pré-impressas e, depois, a impressão final. Até a noite de ontem, pairava a dúvida. Técnicos do Inep teriam conferido a prova amarela? Segundo informações, a impressão foi executada em Blumenau.
Outro contratempo foi provocado por quem postou mensagens pelo Twitter durante a prova. O celular estava proibido, e o MEC anunciou que estuda processar os alunos. Pelo Twitter, o ministério disse que esses candidatos “dançaram” na avaliação. Um jornalista que teria divulgado o tema da redação pelo celular, dentro da prova, também poderá ser acionado judicialmente.
Fonte: Zero Hora
Confira a íntegra da reportagem publicada por Zero Hora.com.
Erros abalam confiança no Enem
Alunos prejudicados poderão fazer nova prova, enquanto Ordem dos Advogados do Brasil sugere a anulação do exame nacional
Pelo segundo ano consecutivo, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) frustrou alunos que sonham conquistar vaga na universidade pública com uma sequência de confusões e equívocos. Na primeira parte da prova, sábado, questões foram repetidas e havia uma inversão na grade de respostas. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de São Paulo sugeriu a anulação do teste.
Idealizado pelo Ministério da Educação (MEC) para ser um instrumento que facilitaria o acesso ao Ensino Superior, o Enem deste ano registrou 4,6 milhões de inscritos no país – 295,2 mil deles no Estado. Todos disputam 83 mil vagas em instituições federais de ensino. A oferta é 76% maior em relação ao ano passado.
Se em 2009 o Enem foi adiado devido ao furto e ao vazamento de conteúdos, neste ano a falha ocorreu na elaboração do exame, em um dos cadernos de questões, a prova amarela. As provas com cores diferentes são usadas pelo MEC para evitar cola entre candidatos. A responsável pela impressão é a gráfica RR Donnelley, que venceu um processo de licitação conturbado, ficando com o serviço a um custo de R$ 68,8 milhões. Ela tem sede em Blumenau (SC) e São Paulo.
O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), José Joaquim Soares Neto, prometeu investigar o que ocorreu. Pediu um relatório a cada Estado para ter uma noção dos estragos. Dependendo da extensão dos prejuízos, o Inep poderá realizar outro teste, somente para candidatos afetados pelos erros da prova. Ela seria aplicada em dezembro.
Soares Neto não fixou prazo para se decidir, pois dependerá dos informes estaduais. Para a OAB-SP, a melhor solução seria anular o Enem 2010.
— Uma prova não pode ser considerada uma armadilha. O aluno não se preparou para esse tipo erro — declarou Edson Bortolai, presidente da Comissão de Estágio e Exame da seccional paulista da ordem.
A OAB gaúcha também se posicionou. O presidente Claudio Lamachia disse que, se for comprovado o dano, a avaliação deveria ser cancelada. Nesse caso, acrescenta que o governo deveria ressarcir os custos – viagem, hotel e alimentação – dos candidatos.
O edital de contratação da gráfica mostra que o MEC é responsável pela aprovação das matrizes das provas. Caberia ao ministério, por meio do Inep, entregar à gráfica a arte final para impressão e indicar servidores para checar as provas pré-impressas e, depois, a impressão final. Até a noite de ontem, pairava a dúvida. Técnicos do Inep teriam conferido a prova amarela? Segundo informações, a impressão foi executada em Blumenau.
Outro contratempo foi provocado por quem postou mensagens pelo Twitter durante a prova. O celular estava proibido, e o MEC anunciou que estuda processar os alunos. Pelo Twitter, o ministério disse que esses candidatos “dançaram” na avaliação. Um jornalista que teria divulgado o tema da redação pelo celular, dentro da prova, também poderá ser acionado judicialmente.
Fonte: Zero Hora
08/11/2010 14:19